terça-feira, 30 de março de 2010

TERREMOTOS

O que são e suas causas:

Terremotos ou sismo são tremores bruscos e passageiros que acontecem na superfície da terra causados por choques subterrâneos de placas rochosas da crosta terrestre a 300m abaixo do solo. Outros motivos considerados são deslocamentos de gases (principalmente metano) e atividades vulcânicas . Existem dois tipos de sismos: Os de origem natural e os induzidos.
A maioria dos sismos são de origem natura da terra . Chamados sismos tectônicos, com a força das placas tectônicas desliza sobre a astenosfera podendo afastar-se colidir ou deslizar-se uma pela outra. Com essas forças as rochas vão se alterando até seu ponto de elasticidade, e começam a se romper liberando uma energia acumulada durante o processo de elasticidade.
10%ou menos da energia sismo se reproduz por ondas sísmicas.
Existem também sismos induzidos que são compatíveis à ação antrópica. Originan-se de explosões, extração de minérios, de água ou fósseis, ou até mesmo por queda de edifício; mas apresentam magnitudes bastante inferiores dos terremotos tectônicos.

As Conseqüência de um terremoto são:

• Vibração do solo
• Abertura de falhas
• Deslizamento de terras
• Tsunames
• Mudanças na rotação da terra

As regiões mais sujeitas a terremotos são regiões próximas as placas tectônicas como oeste da América do Sul onde está localizada a placa de Nazac e a placa Sul-Americana; é nas regiões em que se forma novas placas como no oceano pacífico onde se localiza o cinturão de fogo. O Comprimento de uma falha causada por um terremoto pode variar de comprimento a milhões de quilômetros, por exemplo a falha de San Adreas na Califórnia EUA.
A escala mais usada para medir a grandeza dos terremotos é a do simólogo Charles Francis Richter, sua escala varia de 0 a 9 º e calcula a energia liberada pelos tremores. Outra escala muito usada é a Mercalli-Sieberg, que mede os terremotos pela extensão dos danos. Essa escala se divide em 12 categorias de acordo com sua intensidades.

Ondas Sísmicas

São movimentos vibratórios das partículas das rochas que se transmite segundo a superfície concêntrica devido a libertação súbita de energia no foco sísmico. Existem dois tipos de ondas sísmica, sendo que umas são chamadas ondas de volume (de profundidade), que podem ser longitudinais ou primárias (P). e ondas transversais ou secundárias (S), e outras que se denominam ondas superficiais que podem ser ondas de Love e ondas de Rayleigh, sendo assim no total originan-se quatro tipos de ondas de ondas sísmicas.

As Primárias propagam- se através dos líquidos, sólidos , e dos gases e a sua propagação pode ser comparada a das ondas sonoras. A sua propagação produze-se por uma série de impulsoa alternados de compreensão e distensão através das rochas havendo, assim, variações do volume do material, destacam-se no sentido de propagação da onda (paralelamente).
As ondas Secundárias propagam-se nos sólidos mas não nos líquidos e o seu comportamento pode ser comparado ao das ondas luminosas. São mais lentas e chegam com atraso variável em relação as ondas primárias, provocam mudanças da forma matéria mais não no volume.

Sismógrafos

É um aparelho que registra as ondas sísmicas, ou seja, a intensidades dos terremotos, em sismologia. Detecta e mede as ondas sísmicas naturais ou induzidas ou insistem em determinar principalmente se organizado em rede a posição exata do foco (hipocentro), dessas ondas e do ponto de sua chegada na superfície terrestre (Epicentro), para quantificar a energia desses terremotos expressos na escala Richter.
Um sismograma, em período de calma sísmica, apresenta o aspecto de uma linha reta com apenas algumas oscilações. Quando ocorre um sismo, os registros torna-se mais complexos e com oscilações bastante acentuadas, evidenciando a amplitude de diferentes ondas sísmicas
O primeiro sismógrafo conhecido é o “Sismocópio”, inventado na China por
Chang Heng em 132. Esse aparelho consistia numa boa de bronze sustentada por oito dragões que a seguravam com a boca. Quando ocorria um tremor de terra por menor que fosse, a boca do dragãse abria e a bola caía na boca de um dos 8 sapos que se encontravam em baixo, o apreho desse modo permitia detectar a direção de propagação do sismo.


Alguns dos principais terremotos no mundo nos últimos 15 anos

PARIS, 27 mai (AFP) - O terremoto de 6,2 graus na escala Richter registrado este sábado na ilha indonésia de Java, que provocou pelo menos 2.727 mortos, é o primeiro grande tremor de terra desde o início de 2006 no planeta. No entanto, nos últimos 15 anos dezenas de tremores de terra intensos provocaram muitas vítimas.

A seguir uma cronologia dos terremotos que provocaram o maior número de mortes desde 1990:

- 21 de junho de 1990 - IRÃ - 37.000 mortos após um terremoto de 7,7 graus nas províncias de Ghilan e Zandjan (noroeste).

- 16 de julho de 1990 - FILIPINAS - mais de 2.600 mortos em Luzon, principal ilha do arquipélago (7,7).

- 1º de fevereiro de 1991- AFEGANISTÃO e PAQUISTÃO: pelo menos 1.500 mortos (6,8).

- 12 de dezembro de 1992 - INDONÉSIA: mais de 2.000 mortos na ilha de Flores (6,8).

- 30 de setembro de 1993 - ÍNDIA: 7.60O mortos no estado de Maharastra (6,4).

- 17 de janeiro de 1995 - JAPÃO: 6.500 mortos na região de Kobe-Osaka, centro do país (7,2).

- 27 de maio de 1995 - RÚSSIA: 1.841 mortos no norte da ilha de Sajalin (7,5).

- 10 de maio de 1997 - IRÃ: 1.600 mortos no leste do país (7,1).

- 4 de fevereiro de 1998 - AFEGANISTÃO: mais de 2.000 mortos na província de Tajar, nordeste do país (6,4).

- 30 de maio de 1998 - AFEGANISTÃO: 5.000 mortos no nordeste do país (7,1).

- 17 de julho de 1998 - PAPUA NOVA GUINÉ: 2.123 mortos em dois terremotos registrados na costa setentrional (7).

- 25 de janeiro de 1999 - COLÔMBIA: 1.230 mortos no centro do país (6).

- 17 de agosto de 1999 - TURQUIA: pelo menos 20.000 mortos no noroeste do país (7,4).

- 21 de setembro de 1999 - TAIWAN: 2.500 mortos (7,3).

- 12 de novembro de 1999 - TURQUIA: mil mortos no noroeste do país (7,2).

- 13 de janeiro e 13 de fevereiro de 2001 - EL SALVADOR: dois violentos terremotos (7,6 e 6,6) afetam o país com um mês de intervalo, deixando mais de 3.100 mortos e desaparecidos.

- 26 de janeiro de 2001 - ÍNDIA: mais de 20.000 mortos no estado de Gujarat, oeste do país (7,9).

- 21 de maio de 2003 - ARGÉLIA: 2.277 mortos em Argel e no departamento de Bumerdes, 50 km ao leste da capital (6,8).

- 26 de dezembro de 2003 - IRÃ: mais de 31.000 mortos na cidade de Bam, sudeste do país (6,4 ou 6,7 segundo as fontes).

- 26 de dezembro de 2004 - SUDESTE ASIÁTICO: um terremoto de 9,1 graus na escala Richter nas costas de Sumatra (Indonésia) provoca um maremoto que afeta 10 países do sudeste asiático, causando 220.000 mortos ou desaparecidos.

- 28 de março de 2005 - INDONÉSIA - 1.000 mortos na ilha de Nias, diante das costas de Sumatra (8,7).

- 8 de outubro de 2005: PAQUISTÃO-ÍNDIA: um terremoto de 7,6 graus na escala Richter provoco a morte de, pelo menos, 75.000 pessoas no Paquistão e Índia, na região da Caxemira, disputada pelos dois países.

Na área paquistanesa foram registrados 73.276 mortos e 77.000 feridos. Na área indiana morreram 1.329 pessoas.

- 27 de maio de 2006 - INDONÉSIA - pelo menos 2.727 pessoas morreram em um terremoto de 6,2 graus que afetou a ilha indonésia densamente povoada de Java, segundo um balanço provisório.

Construções Anti Terremotos


Equipamentos e técnicas ajudam a amortecer terremotos e evitar tragédias como a do Haiti



Frágeis castelos de areia. Assim pareciam ser os prédios em Porto Príncipe, capital do Haiti, que ruíram com o terremoto de 7 graus na escala Richter, no último dia 12. A falta de segurança na construção civil do país foi uma das principais razões para o grande número de mortos, cerca de 200 mil, de acordo com estimativa divulgada pelo governo local. Se as estruturas dos edifícios fossem construídas com base em técnicas antiterremoto, por exemplo, muitas vidas teriam sido preservadas. O segmento da engenharia civil dispõe de tecnologias que permitem amenizar danos em locais atingidos por catástrofes naturais, mas enfrenta o desafio de oferecer essas possibilidades com custo acessível às nações mais pobres.

No Japão, onde há alta incidência de atividade sísmica, prédios e estruturas como pontes e viadutos recebem um tratamento diferenciado para resistir a esse fenômeno da natureza. No caso específico do tremor de terra, as construções são desenvolvidas com bases equipadas com borrachas ou molas reforçadas com chapas de aço que ajudam a diminuir a transmissão da vibração do solo para o edifício. Em 17 de janeiro de 1995, moradores de Kobe, cidade litorânea japonesa, foram acordados por um violento terremoto. Os 20 segundos de fúria da natureza foram suficientes para deixar 4.571 pessoas mortas. Até então, pouco menos de duas dezenas de prédios eram protegidos com a tecnologia antissísmica. O acontecimento serviu de lição e, três anos depois, 450 construções da região tinham o isolamento no alicerce.

Especialistas garantem que a população de Áquila, na Itália, não teria sofrido perdas no terremoto, em abril do ano passado, caso adotasse técnicas antissísmicas. Casas e prédios públicos, como o hospital local, teriam resistido bem ao tremor de 5,8 graus na escala Richter. Na época, Franco Barberi, vulcanólogo e presidente da Comissão de Grandes Riscos da Defesa Civil italiana, chegou a afirmar à BBC Brasil que o terremoto não causaria os mesmos danos e vítimas em países mais preparados para o fenômeno.






O grande entrave na prevenção, de acordo com o vice-presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo (Ibape-SP), Flávio Figueiredo, não é a evolução nos métodos de segurança, mas aplicar a tecnologia com um custo-benefício razoável. “É impossível pensar em prevenção contra todo e qualquer tipo de intempérie e, por isso, os governantes tendem a trabalhar com eventos frequentes de cada região. Em linhas gerais, quando se fala em prevenir um local para a chegada de determinado fenômeno natural, é necessário discutir o equilíbrio entre o custo e a probabilidade de isso realmente acontecer. Não adianta investir pesado em construções antiterremotos no Brasil, por exemplo. Há outras prioridades”, explica Figueiredo.

Outras técnicas

A ocorrência de outros fenômenos naturais, além dos terremotos, levou cientistas de todo o mundo a discutirem normas de segurança para a construção civil. Em cidades onde furacões, tufões e ciclones são constantes, as casas devem ser construídas com materiais mais pesados, como alvenaria com blocos de concreto. Um aspecto que merece ser destacado é uma indicação apontada por especialistas para moradias em regiões com incidência de ventos fortes: o projeto de um porão para que as pessoas permaneçam abrigadas durante a tempestade.

“É muito comum circularem imagens de casas sendo carregadas pelos ventos fortes nos Estados Unidos porque as construções destinadas à classe média são, basicamente, feitas com madeira. Por isso, eles abusam das casas com porões. Fazendo uma simples comparação com os recursos disponíveis na engenharia civil e na indústria automobilística, seria como ter um carro somente com cinto de segurança, no caso da existência apenas do ambiente subterrâneo, ou acrescentar ao veículo um airbag, se a casa também recebesse um reforço com material resistente a ventos fortes”, pontua o vice-presidente do Ibape-SP.

Quando a localidade é banhada por algum oceano e sofre com atividades sísmicas intensas, os prédios da região também precisam receber cuidados especiais. As estruturas devem ser construídas com base reforçada, de preferência em terrenos acima do nível do mar e com a existência de um piso superior, para que as pessoas sejam abrigadas. Engenheiros também avaliam positivamente a instalação de barreiras frontais, para conter as ondas. As casas em São Paulo, cidade longe de qualquer risco de tsunami, não estão livres de ameaças envolvendo águas. Para preservar as construções das enchentes, tão comuns na área, em cada entrada são utilizadas comportas vedadas com borracha que ficam fechadas durante as fortes chuvas.

O professor Wilson Soares é integrante do Centro de Apoio Científico em Desastres da Universidade Federal do Paraná (Cenacide). De acordo com ele, a tecnologia na prevenção e proteção é bastante eficiente, mas não pode ser a única alternativa. Soares ressalta que a tragédia é iminente quando as pessoas não respeitam os limites da natureza. “Veja os tristes casos ocorridos em Santa Catarina e no Rio de Janeiro. Muitas das residências estavam construídas em áreas irregulares e, dessa maneira, não há inovação tecnológica que dê jeito”, alerta.



1 - Avisos por celular
A Agência Meteorológica do Japão desenvolveu um sistema que envia, por meio de mensagem de texto, um alerta antecipado contra terremotos para telefones celulares. O dispositivo tem o objetivo dar mais tempo para que operações de evacuação, busca e resgate sejam organizadas. Os cientistas responsáveis pelo projeto garantem que o número de pessoas mortas poderia ser reduzido em 90% se as vítimas tivessem 10 segundos para conseguir abrigos antes do início dos tremores.




projeto tem apoio técnico italiano e chinês e é baseado no reaproveitamento de madeira
Da redação





Casas têm 50m2 e baixo custo de fabricação
“Home4Haiti” (Casa para o Haiti em inglês) é um projeto de arquitetos brasileiros e italianos para casas pré fabricadas anti sísmicas e anti furacão, luminárias LED para ruas e mobiliário básico, construídos a partir do reaproveitamento de milhões de metros cúbicos de madeiras descartadas (madeira serrada, painéis, compensados) em indústrias e serrarias no norte do


Brasil que usualmente são utilizadas para produzir carvão de uso doméstico. O projeto está sendo apresentado no Fórum Urbano Mundial – UN Habitat, que acontece no Rio de Janeiro até 26 de março.

A idéia do projeto é fabricar no Brasil casas resistentes a desastres como o que assolou a ilha caribenha em 2009, para serem montadas por equipes haitianas treinadas também para produzir localmente os suportes anti terremotos com tijolos de solo cimento e pneus usados. A tecnologia anti sísmica, inspirada na muralha da China, foi desenvolvida por arquitetos brasileiros e italianos. Móveis utilitários também serão feitos com sobras de madeiras e a tecnologia em iluminação LED, energia eólica e solar (luminárias de rua) é proveniente da China e será transferida para Brasil e Haiti.

O projeto prevê que as comunidades brasileiras e haitianas envolvidas sejam beneficiadas pelo projeto através de formação técnica, geração de emprego, renda gerando melhor qualidade de vida. A dinamização e agregação de valor nas indústrias de derivados madeireiros na região norte, atualmente muito debilitada, poderá colaborar muito com a sustentabilidade local além de colaborar efetivamente com a reconstrução do Haiti.

Programas de prevenção ( Evacuação em Massa)

Se não é possível evitar terremotos, devemos nos precaver, estocando água e mantimentos, fazendo treinamentos preventivos, verificando os refúgios de emergência mais próximos de casa ou do trabalho.
Dependendo da intensidade do tremor, casas, prédios e outras construções podem sofrer sérios danos estruturais.
Todo o aparato de segurança foi montado no estádio Monumental, em Santiago, após a tragédia que abalou o país nas últimas semanas. Num jogo de futebol, no estádio Monumental q ue tem capacidade para 47.300 pessoas. Na noite da última segunda-feira, exatamente no horário dos jogos (por volta das 23h) a cidade sentiu um tremor em consequência do terremoto de 6.7 na escala Richter que voltou a acontecer na cidade de Concepcion (300km ao sul). Durante a última semana, Santiago também sofreu com alguns apagões e chegou a ficar sem luz por mais de 30 minutos. Quinze minutos antes de cada jogo serão exibidos nos telões instruções de como o torcedor deve proceder em caso de alguma coisa mais grave. Também vamos ter 20 guardas com coletes laranjas e lanternas na mão para orientarem o público em caso de emergência ou falta de luz. O estádio tem três geradores próprios que serão ativados automaticamente em caso de queda de luz. Dessa maneira, o jogo continua sem problemas
ministério de Defesa do Japão ordenou patrulhas aéreas no litoral pacífico, que tem 3.000 km de extensão, para identificar terremotos enquanto o primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama em mensagem transmitida em rede nacional – fez um apelo à população: “Não se aproximem da costa por nada neste mundo. Não devemos baixar a guarda.” E completou: “Nunca podemos nos sentir otimistas e pensar que estamos a salvo porque já chegou a primeira onda. Um terremoto é algo que é preciso temer.”
Os exercícios de evacuação e de determinação de logísticas estratégicas foram feitos em uma simulação na qual o epicentro do terremoto encontrava-se muito próximo da superfície.

Tsunames

Efeitos
Um tsunami (ou tsunâmi, do japonês 津波 significando literalmente onda de porto) é uma onda ou uma série delas que ocorrem após perturbações abruptas que deslocam verticalmente a coluna de água, como, por exemplo, um sismo, actividade vulcânica, abrupto deslocamento de terras ou gelo ou devido ao impacto de um meteorito dentro ou perto do mar. Há quem identifique o termo com "maremoto" — contudo, maremoto refere-se a um sismo no fundo do mar, semelhante a um sismo em terra firme e que pode, de facto originar um(a) tsunami.
A energia de um tsunami é função de sua amplitude e velocidade. Assim, à medida que a onda se aproxima de terra, a sua amplitude (a altura da onda) aumenta à medida que a sua velocidade diminui. Os tsunamis podem caracterizar-se por ondas de trinta metros de altura, causando grande destruição.







Um tsunami pode ser gerado por qualquer distúrbio que desloque uma massa grande de água, tal como um sismo (movimento no interior da terra), um deslocamento da terra, uma explosão vulcânica ou um impacto de meteoro. Os tsunamis podem ser gerados sempre que o fundo do mar sofre uma deformação súbita, deslocando verticalmente a massa de água. Os sismos tectónicos são um tipo particular de sismo que origina uma deformação da crosta; sempre que os sismos ocorrem em regiões submarinas, a massa de água localizada sobre a zona deformada vai ser afastada da sua posição de equilíbrio. As ondas são o resultado da acção da gravidade sobre a perturbação da massa de água. Os movimentos verticais da crosta são muito importantes nas fronteiras entre as placas litosféricas. Por exemplo, à volta do Oceano Pacífico existem vários locais onde placas oceânicas mais densas deslizam sob as placas continentais menos densas, num processo que se designa por subducção. Estas zonas originam facilmente tsunamis.
Deslizamentos de terra subaquaticos, que acompanham muitas vezes os grandes tremores de terra, bem como o colapso de edifícios vulcânicos podem, também, perturbar a coluna de água, quando grandes volumes de sedimentos e rocha se deslocam e se redistribuem no fundo do mar. Uma explosão vulcânica submarina violenta pode, do mesmo modo, levantar a coluna de água e gerar um tsunami. Grandes deslizamentos de terra e impactos de corpos cósmicos podem perturbar o equilíbrio do oceano, com transferência de momento. destes para o mar. Os tsunamis gerados por estes mecanismos dissipam-se mais rapidamente que os anteriores, podendo afectar de forma menos significativa a costa distante e assim acontece o tsunami.

A explosão do Krakatoa

A ilha-vulcão de Krakatoa, na Indonésia, explodiu com fúria devastadora em 1883. Várias ondas tsunami geraram-se a partir da explosão, algumas atingindo os 40 metros acima do nível do mar. Foram observadas ao longo do Oceano Índico ePacífico, na costa ocidental dos Estados Unidos, América do Sul, e mesmo perto doCanal da Mancha. Nas costas das ilhas de Java e Sumatra, a inundação entrou vários quilômetros adentro, causando inúmeras vítimas, o que influenciou a desistência da população em reabitar a costa, e subseqüente êxodo para a selva. Atualmente, esta zona é designada por reserva natural Ujung Kulon. O vulcão se desintegrou totalmente e, desde 1927, no mesmo local do Krakatoa, surgiu o Anak Krakatau (filho de Krakatoa), que cresce cerca de cinco metros por ano, hoje alcançando 800 metros de altura e freqüentemente ativo.[1] Suas ondas destruíram toda a vila que havia ali perto bem como o farol que orientava os navegantes, restando apenas sua base. A 50 metros dali, um novo farol foi construído.
22 de Maio de 1960: o tsunami chileno
O grande terremoto do Chile, o mais intenso terremoto já registrado,[2] ocorreu na costa sul-central do Chile, gerando um dos mais destrutivos tsunamis do século XX. Morreram por volta de 250 mil pessoas.
12 de Julho de 1993: Hokkaido
Um devastador tsunami ocorreu na costa da ilha de Hokkaido, no Japão em 12 de Julho de 1993, como resultado de um terremoto, resultando na morte de 202 pessoas na ilha de Okushiri e no desaparecimento de um número indeterminado.
Muitas cidades ao redor do Oceano Pacífico, principalmente no Japão e Hawaii, possuem sistemas de alerta e evacuação em caso da ocorrência de tsunamis. Os tsunamis de origem vulcânica ou tectónicapodem ser previstos pelos institutos sismológicos e o seu avanço pode ser monitorizado por satélites.
26 de Dezembro 2004: tsunami do Oceano Índico
O terremoto do Índico de 2004 disparou uma sequência de tsunamis fatais em 26 de Dezembro de 2004, com vítimas fatais relatadas em mais de 285.000. Após a tragédia, várias organizações de ajuda humanitária e governos de vários países disponibilizaram ajuda. A maior doação particular foi feita pela guru indiana Mata Amritanandamayi, também conhecida como "Amma", a grande mãe.

Escala Richter

A escala de Richter foi desenvolvida em 1935 pelos sismólogos Charles Francis Richter e Beno Gutenberg, ambos membros do California Institute of Technology (Caltech), que estudavam sismos no sul da Califórnia, utilizando um equipamento específico - o sismógrafo Wood-Anderson. Após recolher dados de inúmeras ondas sísmicas liberadas por terremotos, criaram um sistema para calcular as magnitudes dessas ondas. A história não conservou o nome de Beno Gutenberg. No princípio, esta escala estava destinada a medir unicamente os tremores que se produziram na Califórnia (oeste dos Estados Unidos).
Apesar do surgimento de vários outros tipos de escalas para medir terremotos, a escala Richter continua sendo largamente utilizada.

O que é
É uma escala logarítmica: a magnitude de Richter corresponde ao logaritmo da medida da amplitude das ondas sísmicas de tipo P e S a 100 km do epicentro.
A fórmula utilizada é ML = logA - logA0, onde:
A = amplitude máxima medida no sismógrafo
A0 = uma amplitude de referência.
Assim, por exemplo, um sismo com magnitude 6 tem uma amplitude 10 vezes maior que um sismo de magnitude 5. Porém, o sismo de magnitude 6 liberta cerca de 31 vezes mais energia que o de magnitude 5.
Um terremoto com magnitude inferior a 3,5 é apenas registrado pelos sismógrafos. Um entre 3,5 e 5,4 já pode produzir danos. Um entre 5,5 e 6 provoca danos menores em edifícios bem construídos, mas pode causar maiores danos em outros.
Já um terremoto entre 6,1 e 6,9 na escala Richter pode ser devastador numa zona de 100 km. Um entre 7 e 7,9 pode causar sérios danos numa grande superfície. Os terremotos acima de 8 podem provocar grandes danos em regiões localizadas a várias centenas de quilómetros. Na origem, a escala Richter estava graduada de 0 a 9, já que terremotos mais fortes pareciam impossíveis na Califórnia. Mas teoricamente não existe limite superior ou inferior para a escala, se consideradas outras regiões do mundo. Por isso fala-se atualmente em "escala aberta" de Richter.
A primeira escala Richter apontou a magnitude zero para o menor terremoto passível de medição pelos instrumentos existentes à época. Atualmente, no entanto, é possível a detecção de tremores ainda menores do que os associados à magnitude zero, ocorrendo assim a medição de terremotos de magnitude negativa na escala Richter. Inversamente, de acordo com o Centro de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos, aconteceram três terremotos com magnitude maior do que 9 na escala Richter, desde que a medição começou a ser feita